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Trombose Após Cirurgia Plástica – O Que é e Como Prevenir

Banner Trombose Após Cirurgia Plástica – O Que é e Como Prevenir

Considerada uma condição bastante incomum, porém potencialmente grave e pouco conhecido pela população em geral. Ocasionada por um distúrbio no sistema circulatório quando há um bloqueio do fluxo sanguíneo venoso devido à formação de coágulos nas veias dos membros inferiores, necessita de diagnóstico, inicio do tratamento de forma imediata e observação clínica, por poder evoluir, como quadro mais sério, ao surgimento da embolia pulmonar.

O distúrbio pode surgir após cirurgias, inclusive cirurgias plásticas; por conta disso, muitas equipes adotam condutas para minimizar esse risco, especialmente se a cirurgia envolve Abdominoplastia ou Lipoaspiração, que apresentam mais risco. São algumas dessas condutas: eliminação do tabagismo, anticoncepcionais e reposições hormonais; perda de peso para pacientes em faixa de sobrepeso, uso de meias de compressão anti-trombose, compressores intermitentes das pernas, deambulação precoce após a cirurgia, e, em alguns casos, uso de anticoagulantes no pós-operatório.

 

O que é a Trombose?

Traduz a obstrução da circulação venosa, por fenômeno de formação de coágulos sanguíneos. Caso ocorra em veias das pernas, é classificado como Trombose Venosa Profunda, e caso ocorra na circulação venosa pulmonar, classificado como Embolia Pulmonar.

O risco de uma trombose é uma das grandes preocupações ao se realizar uma cirurgia plástica, principalmente as que envolvem descolamentos extensos como Abdominoplastia ou ainda, a Lipoaspiração. A origem da trombose envolve o processo inflamatório que o organismo se encontra em um pós-operatório, associado à maior imobilidade e repouso dos pacientes, além de uma predisposição genética individual, não identificáveis ou identificáveis, como as Trombofilias (condição genética que eleva o risco de fenômenos tromboembólicos).

O diagnóstico se faz pelas manifestações clínicas, que seria de dor na panturrilha e perna, edema e vermelhidão local, no caso da Trombose Venosa Profunda; e dor torácica com falta de ar, no caso da Embolia Pulmonar. Associado a análise com Ultrasonografia Doppler e Tomografia Computadorizada.

A partir do momento que se faz um diagnóstico, o tratamento se inicia imediatamente, com medicações para evitar que continue a coagulação do sangue e o entupimento das veias com bloqueio da circulação.

Muitas cirurgias podem ser realizadas por etapas, no lugar de muitos procedimentos associados em uma mesma cirurgia, para evitar o real risco de trombose e embolia pulmonar, quando a paciente apresenta algum fator de risco.

 

Quais São os Fatores de Risco?

Idade, tabagismo, tempo cirúrgico, porte cirúrgico, procedimentos como Abdominoplastia e Lipoaspiração, peso corporal em excesso, uso de terapia de reposição hormonal ou anticoncepcional, histórico familiar ou pessoal de tromboses, são os principais fatores de risco, e exigem os protocolos de prevenção.

Nosso sistema circulatório proporciona o transporte de sangue, bombeado pelo coração, para os pulmões, para que seja oxigenado, e bombeado novamente para todo o corpo. Quando se tem a embolia pulmonar, esse processo de oxigenação do sangue nos pulmões é bastante dificultado, gerando todos os riscos.

Algumas pessoas apresentam um distúrbio sobre o mecanismo de hemostasia, com possibilidade de formação de coágulos dentro das veias. Partes desses coágulos podem se desprender e correr a circulação venosa, indo de volta até o coração e os pulmões, causando o bloqueio da circulação chamado de embolia pulmonar, ou nas próprias pernas, formando a Trombose Venosa.

A embolia pulmonar é potencialmente grave, tem seu diagnóstico por tomografia e deve ser tratada em ambiente de internação, sendo as primeiras 48h em observação em UTI e depois Enfermaria até a alta hospitalar, com a estabilização do quadro.

 

Como Evitar a Trombose Após Cirurgia Plástica?

Realizar uma recuperação ativa, evitando a imobilidade exagerada causada após a cirurgia. Sugere-se estar sempre movimentando as pernas e caminhar, em casa, no plano, a cada hora, por 3-5 minutos. Para quem é fumante e usa anticoncepcionais ou reposições hormonais, necessita-se de suspensão de todos estes por 45 dias antes da cirurgia, além da perda de peso para pacientes em sobrepeso.

Além disso, utilização dos protocolos de prevenção, envolvendo profilaxia mecânica com meias anti-trombose, compressor pneumático intermitente das pernas, deambulação frequente e de início precoce após a cirurgia; e profilaxia medicamentosa, com o uso dos anticoagulantes (Enoxaparina ou Xarelto), em casos com indicação, para ajudar a diminuir os riscos de trombose após cirurgia.

Tais protocolos devem ser aplicados pela equipe, após avaliação global caso a caso, de acordo com o tipo de cirurgia, idade e fatores de risco.

Em algumas situações, principalmente fatores de risco individuais atípicos, histórico pessoal ou familiar de trombose, podem exigir avaliação conjunta com médico Hematologista e Cirurgião Vascular, para montagem de protocolo de profilaxia mais específico, no pré-operatório, minimizando ao máximo esse risco.



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