Implante Mamário: Qual a Melhor Técnica para Aplicação?

A decisão de colocar implantes mamários geralmente é feita após muito tempo de reflexão, a partir desse momento surgem várias questões a serem analisadas e definidas. Entre elas: volume, projeção e perfil dos implantes, consistência do gel, tipo de revestimento e texturização da prótese, posição da cicatriz (Sulco infra-mamário, aréola ou axilar), tipo de anestesia, etc.

Além dessas variáveis citadas, também entra a decisão quanto ao plano de inserção do implante: acima ou abaixo do músculo. A primeira é o implante subglandular ou subfascial e a segunda é o implante submuscular. Cada uma dessas técnicas apresenta suas próprias vantagens, desvantagens e indicações que devem ser levadas em consideração. Gostaria de entender melhor? Venha conhecer ambas as técnicas e quando cada uma é indicada!

Implante Subglandular

Nessa técnica a prótese é inserida abaixo do tecido mamário, mas acima do músculo. Logo abaixo da mama na colocação subglandular ou abaixo da fáscia do músculo peitoral maior (mas ainda acima do músculo), na colocação subfascial. Isso significa que o implante terá um íntimo contato com a glândula mamária, mantendo-se o músculo abaixo da prótese e permitindo um equilíbrio maior entre mama e prótese, possibilitando que a prótese possa assentar no polo inferior mamário, mesmo com a descida da mama nos anos subsequentes ou amamentação. É uma cirurgia com pós-operatório menos doloroso do que a submuscular, por exigir um procedimento menos invasivo. Por outro lado, dependendo da estrutura corporal e volume das mamas já presentes na paciente, o implante pode acabar dando uma impressão mais marcada e pouco natural, o que não agrada a maioria das pacientes, que costumam procurar pela maior naturalidade.

Em Quais Casos é Indicado?

De forma geral, a opção de plano subglandular ou subfascial é mais indicada para quem já tem certa proporção e volume favorável dos seios, quando o implante não será de volume muito grande. Também é uma boa escolha para mulheres que possuem certa flacidez de pele pós amamentação ou perda ponderal, ou para quem quer, propositalmente, ter o contorno do implante mais evidente.

Vantagens e Desvantagens Dessa Técnica

As vantagens desta opção incluem um pós-operatório menos doloroso e menos demorado, uma cirurgia menos invasiva, menor chance de movimentação da prótese (“Shaking Breast”) e também mais indicada para cirurgia combinada com elevação mamária (Mastopexia com prótese), quando necessário. Já as desvantagens incluem um efeito mais marcado nas pacientes muito magrinhas e com mínimo volume de mama.

Implante Submuscular

Como o nome sugere, o implante submuscular é quando a prótese é posicionada abaixo do músculo peitoral maior. Consequentemente, ela também se encontra abaixo das glândulas, e, por vezes, alguma área da prótese, no polo inferior mamário, pode ficar coberta apenas pelas glândula, e o músculo cobrindo as partes central e superior do implante. Por isso o implante submuscular às vezes é chamado de misto, ou dual-plane, quando a prótese se encontra parcialmente sob cada um dos dois tecidos. De qualquer maneira, é uma cirurgia um pouco mais demorada do que a subglandular, elevando-se e usando o músculo como meio de cobertura para que o implante pareça mais natural, e menos marcado no colo, para as pacientes com mínima quantidade de mama previamente.

Em Quais Casos é Indicado?

Mulheres com corpos mais magros e/ou esguios, que possuem pouquíssimo tecido mamário, se darão melhor com este procedimento, pois a prótese submuscular não deixará o contorno visível. É uma boa opção para próteses de tamanhos grandes em pacientes magras. Opção como troca de prótese e na reconstrução mamária por tratamento de câncer de mama e pacientes que serão submetidas à redioterapia. É importante que a paciente tenha como repousar por mais tempo com os braços e utilize no pós-operatório, além do sutiã pós-cirúrgico, uma faixa de contensão no colo mamário, para evitar que a contração do músculo faça o implante subir.

Vantagens e Desvantagens Dessa Técnica

A principal vantagem dessa opção, ao decidir pela prótese de mama acima ou abaixo do músculo, é a naturalidade. As desvantagens incluem maior tempo de pós-operatório (que será, também, mais dolorido), cirurgia mais invasiva e demorada, maiores chances de deslocamento superior da prótese nos casos de movimentação excessiva (como para atletas). E para as pacientes com flacidez mamária, com o tempo, apresentarem maior chance de aparecimento de dissociação entre tecido mamário (mais baixo) e implante (mais alto, sendo segurado pelo músculo).

De qualquer maneira, para escolher a prótese de mama acima ou abaixo do músculo, é preciso analisar caso a caso, somar todos os prós e contras em casa situação e individualizar bastante a cirurgia, para cada paciente, chegando ao tipo de procedimento mais recomendado.